(...) Você declara,
com falsa certeza, que só existe um caminho certo e nenhum mais, e quando não
consegue impor este “único caminho certo”, quando não consegue realizá-lo,
interna ou externamente, a raiva, às vezes impedida de se manifestar, se
disfarça numa espécie de raiva justa, ou seja, uma raiva racionalizada, por não ter conseguido realizar da única maneira que
se acredita possível o supostamente “perfeito”.
Você poderá perceber
que esta máscara, na realidade, o está limitando, porque você limitou a
realidade a um espaço tão reduzido que corre o risco de não poder conhecer
outros aspectos dessa Única Realidade de milhares de faces e nuances e de milhares de
paradoxos. O mundo, para você, é tão reduzido e compartimentado que termina deixando
muitas coisas importantes de fora. Você pode ampliar esse mundo. Nessa ordem
autoimposta em que nada parece ter alternativas ou nuances, falta a compreensão
de uma velha e sábia Lei Hermética que você poderá lembrar cada vez que seus
caminhos, meios e esquemas de vida pareçam ser os Únicos Possíveis. Essa Lei diz:
“Todas as verdades
são semiverdades; todos os paradoxos são reconciliáveis.”
Nada é perfeito
quando sujeito à manifestação existencial, porém nada é absolutamente
imperfeito e tudo pode ser aperfeiçoado.
Ao se dar conta de
que essa Unidade da qual sua máscara é um fraco e limitado reflexo está
presente Em
Todas as Coisas e
não somente em algumas, quando percebe que essa Unidade pode assumir muitos
rostos, quando o Perfeito se compreende como uma dinâmica sem os limites de seu
“território”, quando o Perfeito pode ser enxergado nos
outros modos de
expressão da realidade, em outros modos e maneiras de ver, fazer, sentir e
viver, então a Serenidade, o “Ser na Unidade”
surge e começa
a substituir a Raiva
da sua
rígida máscara. O mundo se amplia, as possibilidades se multiplicam. Agora,
tudo se torna possível. Tudo se torna dinâmico, cheio de nuances e
possibilidades insuspeitáveis (...)
A serenidade produz o equilíbrio, a equanimidade e a humildade necessários para a grande reconciliação dos opostos.
A serenidade produz o equilíbrio, a equanimidade e a humildade necessários para a grande reconciliação dos opostos.
Cultivar a
tolerância, a esperança... não colocar todas as coisas dentro de um formato.
Deixar as coisas e as
pessoas serem como são, sem querer mudar nada e ninguém. Tentar ver o outro
lado da questão – em todas as questões – e ter a certeza que ‘o frio pode ser
quente’ num outro nível...
“Sê como o Oceano,
que recebe todos os rios e torrentes. A poderosa serenidade do mar permanece
inalterável, sem senti-los...”
(fragmento do livro Eneagrama - um caminho
para seu sucesso pessoal e profissional. Khristian Paterhan Condes)
Enneagram Coaching 360º