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segunda-feira, 29 de abril de 2013

A história do Arco -Íris

Uma vez,há muitos anos, todas as cores do mundo começaram a discutir reclamando cada uma ser a melhor, a mais importante, a mais útil, a favorita.


 O verde dizia: "É evidente que sou a mais importante. A minha cor é sinal de vida e de esperança. Fui a cor escolhida para os prados, para as árvores, para as folhas. Sem mim todos morreriam. É só olhar por campos afora para ve...r como eu estou em maioria". 

 O azul interrompeu: "Só estás a pensar na Terra, mas olha para a cor do céu e do mar. A água é a base da vida e são as nuvens que a tiram do mar azul. O céu oferece espaço e paz e serenidade. Sem a minha paz, não passaríamos de corpos atarefados".

 ... O amarelo riu: "São todas tão sérias. Eu trago o riso, a alegria e o calor para o mundo. O sol é amarelo, a lua é amarela, as estrelas são amarelas. Sempre que se olha para um girassol, o mundo inteiro começa a sorrir. Sem mim, não havia nada de divertido".

 Foi o laranja que a seguir fez soar a sua voz :"Sou a cor da saúde e da força. Posso não existir em quantidade, mas sou preciosa porque sirvo às necessidades interiores da vida humana .Trago comigo todas as vitaminas mais importantes. Pensem só nas cenouras e nas abóboras, nas laranjas, tangerinas. Eu não estou sempre presente, mas quando encho o céu, ao nascer ou ao pôr -do -sol, ninguém mais pensa em vocês".

 O vermelho já não aguentava mais e berrou :"Sou eu que mando em vocês todas, sou sangue, o sangue da vida. Sou a cor do perigo e da bravura, estou sempre pronta a lutar por qualquer causa. Trago fogo no sangue. Sem mim, a Terra estaria tão vazia quanto a lua. Sou a cor da paixão e do amor, da rosa vermelha e da papoula".

 O rosa púrpura ergueu-se em toda a sua majestade: era muito alto e falou com grande pompa: Sou a cor da realeza e do poder. Os reis, os chefes e os bispos escolheram-me sempre porque sou sinal de autoridade e de sabedoria. Ninguém me questiona: todos me escutam e obedecem".

 O violeta falou muito mais calmamente que os outros, mas com a mesma convicção: "Pensem em mim. Sou a cor do silêncio. Mal dão por mim, mas, sem mim, todos são superficiais. Represento o pensamento e a reflexão, o crepúsculo e as águas profundas. Sou preciosa para o equilíbrio e o contraste, para a oração e a paz interior ".

 E assim continuaram a contar os seus louvores, convencidas de que cada uma era melhor do que as outras, e a discussão tornou-se cada vez mais barulhenta. De repente, um relâmpago riscou o céu com o seu terrível brilho branco: o trovão ribombou. A chuva começou a cair incessantemente. As cores encolheram-se com medo, encostando-se umas às outras à procura de um pouco de conforto.

 Então a chuva falou: "Vocês estão a lutar uma contra as outras, cada uma a tentar dominar as outras. Não é nada inteligente! Dêem as mãos e venham comigo. Venham lançar-se num grande arco de cores a cruzar o céu, a lembrar que todas são queridas e que podem viver juntas em paz".

Lenda indiana .O sabor do texto.

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